Como iniciar uma ação de Analytics?
Recentemente, fiz uma postagem em minhas redes sociais onde escrevi:
“Sem a correta extração, processamento e análise, o dado não é capaz de passar informações válidas e concretas. Dado e informação são coisas diferentes.”
Após esta ação, me questionei sobre alguns pontos que apresentarei a seguir:
“Dados são o novo petróleo” é a afirmação de diversos profissionais ao redor do mundo, porém, acredito que sem muita reflexão sobre o que significa. Segundo evidências na internet, Clive Humby – um matemático londrino especializado em ciência de dados – foi o primeiro a usá-la em 2006.
“Os dados são o novo petróleo. É valioso, mas se não refinado, não pode realmente ser usado. O petróleo deve ser transformado em gás, plástico, produtos químicos, etc., para criar uma entidade valiosa que impulsiona atividades lucrativas; portanto, os dados devem ser detalhados e analisados para que tenham valor.”
Clive Humby
Logo, a maior riqueza não está nos dados apenas, está na capacidade de usá-los de forma analítica. A inteligência usada é que determina o valor, a partir dela, serão extraídas as descobertas capazes de transformar a realidade.
A proliferação de recursos computacionais – tanto em termos de hardware como de software – possibilitou o aumento da capacidade de processamento dos dados e acesso à ferramentas analíticas que permitem extrair o máximo de informações em um curto espaço de tempo com o objetivo de conduzir melhor o processo de tomadas de decisões (BICHONE, 2017).
Hoje trabalhamos com gigabytes e terabytes, no mínimo, estamos no mundo do big data com bilhões de linhas de registros e soluções cloud, sair coletando tudo, por vezes, torna-se inviável para o processamento e análise.
“Essas ferramentas de ‘big data’ criam condições para que as empresas façam novos tipos de previsões, descubram padrões inesperados nas atividades de negócios e liberem novas fontes de valor.”
(ROGERS, 2017, p. 22)
Vale ressaltar que dado e informação possuem papéis e usos diferentes no processo de análise. Acredito que, antes de iniciar uma análise, é importante entender alguns conceitos básicos:
Dados: características observadas de qualquer coisa (objeto, pessoa, sistema) que possam ser coletadas e armazenadas. Podem consistir em números, palavras, imagens, localizações e até sentimentos. Na computação, dados selecionados e armazenados sem nenhum tipo de tratamento ou transformação são classificados como dados brutos.
Informação: um conjunto organizado de dados, ajuda na tomada de decisões estratégicas e na solução de problemas. É um fenômeno que atribui significado ou sentido às coisas.
Estrutura de Dados: uma forma de organização e armazenamento de dados, para que sejam utilizados de forma eficaz.
Analytics: técnica de usar dados, análises e raciocínio sistemático de forma inteligente para auxiliar na estratégia e tomada de decisões.
Entrando um pouco no detalhe, há diferentes tipos de análises que integram o Analytics:
- Descritiva: “o que aconteceu?”
- Diagnóstico: “por que aconteceu?” ou “o que deu errado?”;
- Preditiva: previsão de evento futuro ou tendência;
- Prescritiva: otimização de processos, estruturas e sistemas.
Após os conceitos básicos serem elucidados (acredite, isso é muito importante), no meu ponto de vista e usando como base um artigo de Hagiu e Wright para a Harvard Business Review – Janeiro/20, algumas perguntas devem ser feitas para reflexão ao iniciar uma ação de Analytics:
1 – Qual o objetivo a alcançar? Trata-se de um problema e se busca a solução e/ou uma hipótese que deseja testar?
2 – O que se espera como resultado? Benefício financeiro, eficiência operacional e/ou melhor experiência do usuário?
3 – Quais sistemas, áreas e/ou empresas são os proprietários desses dados? Quão rápido os dados se tornam obsoletos? Quais são os tipos de bases e dados, como serão coletados?
4 – Como os dados serão processados a fim de extrair as melhores informações, quais ferramentas serão utilizadas?
5 – Qual a melhor forma de expressar e exibir os resultados obtidos? Qual o valor da análise (5% em vendas pode não ser animador, mas 5% relacionado a salvar vidas, pode valer muita coisa)? As melhorias resultantes podem ser facilmente imitadas, escaladas e incorporadas na empresa?
Claro, não existe fórmula mágica! Mas o que apresentei aqui pode ser um pedaço do início e organização de suas ações em Analytics.
REFERÊNCIAS
BICHONE, Rafael. Métodos Quantitativos de Apoio à Decisão. Valinhos: 2017.
HAGIU, Andrei; WRIGHT, Julian. Harvard Business Review. Janeiro 2020.
ROGER, D. Transformação Digital – Repensando o seu negócio para a era digital. Tradução: Afonso Celso da Cunha Serra. São Paulo: Autêntica Business, 2017.
https://www.forbes.com/sites/perryrotella/2012/04/02/is-data-the-new-oil/#f5f05e7db3dd Acesso em 10/05/2020
https://en.wikipedia.org/wiki/Clive_Humby Acesso em 10/05/2020
Linkedin:
https://www.linkedin.com/in/lindythiengo/
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- Categoria(s): ciencia de dados Lindy Thiengo