O profissional de Finanças hoje
Nunca vou me esquecer daqueles filmes dos anos 50, em que toda cena ambientada em um escritório mostrava aquele contador usando suspensório (difícil ver um personagem feminino) com a calculadora manual na mesa e o lápis atrás da orelha, pronto para registrar as informações nos livros da empresa (adoro cinema antigo).
Bons tempos.. em que um profissional da área financeira precisava se preocupar apenas em registrar as informações nos livros contábeis e entregar as obrigações dentro do prazo. Aposto que nossa vida era bem menos emocionante.
Dos anos 50 para cá muita coisa mudou – computadores, softwares de gestão e planejamento, crescimento das empresas multinacionais, Sarbanes-Oxley, e por aí vai.
E o profissional de Finanças? Mudou também?
E como! Entendo que a primeira grande mudança foi a transferência de informações contábeis e de planejamento para o Lotus (precursor do Excel) e mais recentemente para softwares ERP de gestão de dados integrados. Muitos profissionais já ficaram no meio do caminho, pois a partir desse ponto, o perfil do profissional financeiro já começou a agregar competências adicionais.
Outra grande mudança refere-se a incorporação do Power Point como ferramenta de apresentações gerenciais e de medição de performance (KPI´s). Gráficos psicodélicos (nem todos) e quadros comparativos tornaram-se rotina nos famosos pacotes de reporte financeiro. Mais recentemente o Power BI trouxe uma nova visão no gerenciamento de dados, introduzindo o conceito de Business Intelligence agregado à Análise Financeira.
O uso do idioma Inglês também tornou-se conhecimento essencial para os profissionais que atuam em empresas multinacionais; não é necessário apenas conferir o fechamento contábil x gerencial, é importante saber explicar os números em um idioma universal com um nível de comunicação e fluência que seja confortável para quem envia e quem recebe a mensagem. Em algumas corporações vemos também o Espanhol como idioma mandatório, e mais recentemente, Mandarim.
Quem desenvolveu sua carreira nos anos 2000 também precisou aprender (e rápido) sobre compliance, devido às normas Sarbanes-Oxley. O risco de cada operação tornou-se responsabilidade de todos e mais uma oportunidade de melhoria em processos existentes em cada organização.
E pudemos também visualizar o crescimento no número de Gestoras Financeiras, antes profissionais restritas a funções sem grande destaque profissional.
Com funções cada vez mais globalizadas, o conhecimento em Planejamento Estratégico e Produto tornou-se uma das competências mais importantes do profissional de Finanças. Hoje é importante entender o business da companhia como um todo para poder analisar de maneira profunda o P&L e se existem riscos para o atingimento de metas estabelecidas no Plano Estratégico.
Nos próximos artigos pretendo explorar alguns tópicos abordados aqui e outras questões que nós, Analistas e Gestores Financeiros, encontramos no dia a dia.
Grande Abraço e até a próxima !
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- Categoria(s): Inteligência de negócios Tatiana Oliveira