Refletindo: Me formei, o que fazer?
Estou escrevendo este artigo, devido a um artigo escrito pelo saudoso Raniere, que é estatístico e divulga muito a nossa profissão, me identifiquei muito com um de seus artigos, o que me causou também algumas reflexões pela história contada nele.
Primeiramente, queria parabenizá-lo pelo artigo e pelo excelente trabalho que vem fazendo pela classe! Meus parabéns!
A Minha história foi um pouco parecida com a dele, eu também pedi demissão, mas foi um contraponto a dele, pois eu era extremamente novo ainda na carreira, meu primeiro emprego em um grande centro universitário.
Saí da faculdade, pensando o seguinte:
“Ok, me formei em Estatística pela federal do IBGE, o que devo fazer?”
Me vieram na cabeça algumas opções:
“Seguir para pós/mestrado?(Opção 1) “
“Seguir para o mercado? (Opção 2)”
“Seguir por conta própria? (Opção 3)”
Opção 1:
Nunca fui aluno nota 10, sempre mediano, será mesmo que eu devo seguir para pós-graduação ou mestrado? Eu fui bombardeado de informações na graduação, será que de fato eu aprendi a base da estatística na graduação, e outra, será que os estágios que eu fiz me deram base para atuação no mercado profissional na minha área?
Resposta1:
Eu considerei que não era o melhor caminho a seguir, uma vez que não achava ter consolidado um nível significativo de informações na faculdade, não fiquei satisfeito, apesar do nível do ensino na ENCE ser muito TOP. Poderia reclamar em alguns pontos da cronologia da grade, um aspecto mais prático e técnico e de uma didática um pouco mais informal talvez, apesar de que, hoje em dia, grande parte foram solucionados em minha humilde opinião, mas do resto não reclamo.
Seguir para o mercado? (Opção 2)
Resposta 2 = Resposta 1
Seguir por conta própria? (Opção 3)
Resposta3:
Foi a que eu havia escolhido.
Desafiador não?
Como vou consolidar a base que me foi passada na faculdade, ter tempo e condições de me sustentar, como ganhar experiência na prática?
Consultoria? Aulas? Estudar para concursos públicos?
Fui nessas 3 opções, ao mesmo tempo, tinha que consolidar a parte teórica e a parte técnica.
Parte teórica:
Revisei os materiais da faculdade, procurei material na internet, cursos gratuitos.
Aprimorei muito minha forma de aprender, quando estudei para concursos de nível médio, macetes de memorização, planejamento e organização do estudo, elaboração de resumos para revisões, entre outras coisas muito agregadoras no meu aprendizado.
Quando estudei para concursos, vi a importância de técnicas de memorização, cores para estimular a memória, diagramas lógicos, esquematizações, o aprender no passo a passo, afinal o nosso cérebro aprende por repetição e associação.
Parte técnica:
Eu optei por fazer cursos gratuitos na internet, estudei linguagens de programação, desde a parte mais básica, em que usei o site da Softblue, que tinha um curso de Programação inicial e SQL gratuitos e muito bons, estudei cursos orientados a ciência de dados no Coursera, Edx courses e vídeos no YouTube.
Adquiri um curso de Java da Softblue também, que achei excelente, mas vi que não era tão necessário para consultoria, que o foco deveria ser Excel, R, Python, hive, hadoop e SQL.
Como consegui um local de estudo, trabalho , comecei a prestar consultoria e dar aulas pelo Skype, gastando 315 reais de investimento?
Montei um local de estudo e trabalho, havia uma mesa dando sopa, pegando poeira no prédio do meu cunhado, pedi que ele me desse de presente, coloquei no meu quarto, tinha um note velhinho de guerra, comprei uma webcam da china de 15 reais, pedi de amigo oculto um mini quadro de aulas e comprei umas mesa digitalizadora pela internet de 300 reais.
Com isso, eu consegui base para dar aulas por meio do Skype e atender a consultorias, tentandp vencer a barreira da timidez e falta de experiência, época na qual eu montei um curso para receita federal de Estatística, que lecionava via Skype, em horários pré-determinados, para 10 alunos que consegui divulgando o meu trabalho no What´s App.
Também criei meu canal do YouTube, com o objetivo inicial de ajudar a galera da área fiscal com a disciplina de estatística, ao passar do tempo foi ajudando estatísticos, atuários, a galera que enfrentava a disciplina nas graduações e com o boom do Big Data e meu apreço pela área, resolvi expandir o foco para Estatística e Data Science, chamando então professores, das mais diversas universidades e profissionais, especialistas no tema, Estatísticos, Cientistas de dados, para compartilharem o seu conhecimento, hoje somos mais de 4500 inscritos! E a comunidade só cresce! Administro alguns grupos de discussão e vagas na área, no What´sApp e no Telegram.
Bom, tem mais história nesse caminho, tentei detalhar o máximo, para que outras pessoas possam ler e talvez apontar alguns caminhos que podem ser seguidos. A grande verdade é que a atuação para quem sabe Estatística é limitada pela sua criatividade, pois existem n áreas que você pode atuar profissionalmente, o que importa é seguir o caminho que considere maximizar a sua felicidade, considerando alguns fatores, entre eles a remuneração também, pois o dinheiro é mola mestra da economia, nenhum ser humano, que eu conheça, faz fotossíntese 😉.
Espero que vocês tenham gostado e agradeço mais uma vez ao Estatístico Raniere, que me fez ter essa reflexão e essa sessão nostalgia 🤙
Tmj galera! 😀
Att,
Thiago Marques.
- Categoria(s): ciencia de dados Estatística Thiago Marques